Já vi tantas palestras sobre o amor que me
sinto habilitado a fazer a minha. A crônica do amor verdadeiro! Está no
coração, está na razão, nas atitudes, na espera, na poesia ou vem da paixão. O
amor é lindo e feio ao mesmo tempo, bom e mau, paciencioso e ansioso,
compreensivo e irritante. Se não fui muito claro, então melhor ler o próximo
parágrafo.
É certo que já amei, isso não há dúvida. Ninguém
casa quatro vezes sem ter amado pelo menos uma, inda que tenha sido antes do
primeiro ou quem sabe durante todo o tempo, o amor é assim, meio inexplicável e
pode ser que você se case com alguém amando outro alguém e outro alguém se case
contigo amando outro outro alguém. Como dizia Drummond: “João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.” Ou que amava ‘também’.
Amor é racional, por isso é que temos que
querer amar. Confirmo isso tentando lembrar do meu primeiro amor. Não tenho a
menor ideia de como aconteceu. Foi totalmente irracional e tão forte que durou
todo o resto da existência e vai certamente morrer comigo. Isso prova a total
irracionalidade do amor. Tem um mandamento que diz que devemos amar nossos
inimigos. Sei lá, tem gente que diz que os nossos inimigos existem para que
sejamos capazes de perceber o quanto somos bons sendo diferentes deles. Tudo
bem, então, amemos os inimigos, mas deixemos que eles sejam diferentes e bem
longe!
Nada como um domingo para pensar, o amor é como
um dia de folga, vai chegando sem pressa de acordar e prepara aquela comidinha,
palavra que aliás é meio como o amor, tem tantos sentidos que é melhor não
tentar definir. Daí fica um tempão sem ter o que fazer e depois, só depois de
muito tempo da vontade de comer outra vez, um almoço atrasado, o lanche da
tarde, a janta e aquela sopinha da meia-noite. Nada como uma comidinha para
alimentar o amor!
Amor tem algumas classificações, tem até quem
defina as linguagens do amor, um livro virou best seler por ter
classificado o amor nas cinco linguagens. Meio que cinco quadrados do amor. Já
ouviu falar em amor Phileo, amor Ágape e amor Eros? Mais três quadrados.
Eu também tenho a minha classificação para o amor, acho que o amor tem que
ser... acho que não tem que ser, tem que permitir que o portador seja, contrariando
uma vida inteira, eu acho que o amor deve ser libertário.
E que seja o amor!
Elairton
Paulo Gehlen
Muito linda e vdd. A estrofe dessa poesia me lembra Carlos Drumond. Adoro literatura.mas estou lendo PEGASUS.PARABENS SEU BLOG TA TOP DAS GALAXIAS...
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