Tem uma história de que um alemão recém chegado ao Brasil e com certa dificuldade de comunicação foi à uma lanchonete e quando o Garção se aproximou e perguntou o que ele queria outra pessoa, próxima ao Garção perguntou a hora, olhando para um e para outro, olhou também o relógio e disse “tez pas tez”. O garçom saiu e algum tempo depois trouxe dez pastéis. A hora, claro era dez para às dez!
Não precisa ser alemão para falar uma coisa e o receptor da
mensagem entender outra, dentro de casa isso é muito comum, tão complexa é a
comunicação entre marido e mulher que já existe um estudo no Ministério da
Educação, para criar um curso de intérprete de homenês e mulheres. Não vou citar nenhum exemplo
para evitar interpretações indesejáveis, mas creio que pelo menos os casados
conhecem bem a importância dessa nova especialização.
Corre um boato de que a Ordem dos Advogados já foi acionada por
vários causídicos com o intento de questionar a constitucionalidade dessa nova
área do conhecimento, dado que o Lar é ambiente inviolável e qualquer
intervenção, mesmo reconhecida pelo MEC deve ser questionada, dado o grau de
privacidade do relacionamento entre pessoas casadas, havendo divergências de
entendimento, somente um advogado poderia intervir, cobrando os devidos
honorários, para que haja conciliação ou a instauração do processo legal.
Foi o que aconteceu quando um casal, morador no Jardim
Independência considerou difícil a comunicação em línguas diferentes e marcou
hora para audiência com o doutor advogado. Sendo o casal não escolarizado, o
doutor fez um desenho para marcar o horário do encontro, o desenho é o que
segue acima. Tudo combinado para o dia seguinte, logo cedo pela manhã o marido
saiu como de costume, sem falar nada, a mulher resmungou que podia pelo menos
falar bom dia, mas não adiantou.
Com o serviço em andamento, nem viu a hora passar, queria por
tudo em ordem antes das nove para se arrumar e chegar em tempo da audiência. No
escritório, o marido esperava inquieto pela esposa que não chegava. Estava
marcado para sete e cinquenta e cinco e a mulher só chegou às dez e meia. Que
foi que só chegou agora? Ué, no relógio do desenho dizia que era às dez e
quarenta, ainda faltam dez minutos! Era às sete e cinquenta e cinco e agora o
doutor advogado já saiu para uma audiência no Fórum e não volta hoje, nós vamos
ter que ficar casado mais tempo!
Elairton Paulo Gehlen
Muito top. Essa poesia.adorei...
ResponderExcluirPor exemplo falta 04:23 agora.
Que estou sentada aki escrevendo para Tu. Ou e 16:23 .... No meu momento zen...antes de ir....HAUS.
UND DANN,GEHE ZU HYDRO...decifra ...