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sexta-feira, 29 de julho de 2022

EU E MINHA SOLIDÃO

          PARTE I – MINHAS CARTAS E EU

Hoje é sexta-feira e eu estou feliz porque já escrevi uma cartinha para alguém que não conheço e eu não estou só porque a solidão está me fazendo companhia, nem mesmo o portão da frente de casa tem coragem de se abrir e as notícias que vem da Cidade Maravilhosa são uma ameaça para minha zona de conforto. Maravilhosa é a solidão que nunca abandona, às vezes peço um tempo e ela fica sentada no sofá. “Já terminou? ” Ela me pergunta enquanto morde o primeiro pedaço da maçã, languidamente, e abre dois botões da blusa para ver se me perco entre as palavras cruzadas que escrevo e a sua linguagem corporal, daí ela me olha com desejo e diz: “WWW:...”. Não! Respondo com raiva, meus olhos estão ressequidos de te ver no computador. Volto meus olhos para a carta e dou um clic em “enviar”, subitamente a solidão se esvai como fumaça e eu posso me sentar no sofá e ver um filme: The Guernsey Literary Society and the Potato Peel Pie (A sociedade Literária e a Torta de Casca de Batatas), um ótimo filme!

PARTE II – MEU CLUBE DE LEITURA

Esse filme (The Guernsey Literary Society and the Potato Peel Pie) é quase tão bom quanto a vida real, parece que estamos sempre sendo invadidos por algum exército estrangeiro e quando somos flagrados em um maravilhoso delito de prazer achamos logo uma desculpa e fundamos um clube de leitura. Meu clube já tem cinco membros associados no SLOWLY. Nenhum tem nome verdadeiro e cada um mora num país diferente, com exceção do Brasil onde, além de mim tem mais uma leitora. Lemos as cartas um do outro como se fossem escritas por um parente distante, às vezes parecem ter sido produzidas por alguém mais experimentado nas letras, quem sabe um escritor, um poeta... Estamos sempre sonhando com uma vida melhor para nós mesmos e nem queremos saber se os nazistas ainda estão lá fora, isso é para a vida real. Como em Guernsey, quem sabe algum dia iremos, secretamente, assar um porco roubado ao sistema e saborear as delícias alucinógenas das nossas drogas artesanais produzidas em dezenas de páginas escritas sem nenhum compromisso.

PARTE III – MINHAS LOUCURAS

Meu compromisso mais importante é exatamente não ter compromisso. Hoje já é quarta-feira e eu ainda não atendi o pedido da Mara que quer que eu escreva uma poesia. Talvez uma carta fosse mais fácil, cartas carregam informações de quem as remete, já poesias, estas precisam dos sentimentos do destinatário. Sim, eu digo para mim mesmo e ouço a presença da ausência cavando um buraco dentro do meu coração, enfio a mão dentro dele e delicadamente vou puxando o fio da meada, uma após outra vem as desilusões rindo de mim, coloco-as sentadas sobre a mesa do computador e, em ordem cronológica vou escrevendo elas nos meus textos até que não haja mais lugar para a solidão, daí abro o SLOWLY para avisar que ainda estou vivo mas ninguém acredita. Eu não sou louco, só não quero me comparar aos que se dizem normais, é quase patético ser normal e acreditar que o tempo deve ser aproveitado para produzir riquezas para os que são ricos, isso é risível! Não os ricos, mas o tempo, este não existe a não ser no passado ou no futuro. O tempo presente é uma fração infinitamente pequena, tão pequeno que nem sequer dá para medir e é nele que eu coloco todas as minhas energias para não fazer nada mais do que tentar saber se você quer ficar comigo.

PARTE IV – PRISÕES

Talvez você não queira mesmo ficar comigo, e eu já fui condenado a prisão perpétua por duas vezes, outras duas não fui ao tribunal, calculei minha própria sentença. No meio dessa floresta humana dançamos com o passado uma música futurista cheia de solos e melodias, ... solos..., uma Heineken me faz um sinal de que quer minha boca e uma bohemia vai deslizando pelo meu queixo, roça delicadamente o pescoço e desce pelo tórax até a barriga e... abro lentamente os olhos, a respiração ofegante, diante de mim dois olhos quase sorrindo e uma boca de luar: “Você ainda é meu, você é perfeito com todas as imperfeições, como a vida, as casas são prisões onde pagamos por nossos delitos, comigo você nunca está só”.  Morra em mim, desgraçada! e viva eternamente no infortúnio das almas penadas! Onde está o meu prazer que você engoliu com sua boca de luar? Minha ilusão está presa, onde a ocitocina? Andando nas ruas, tu sentes o cheiro do feronômio? Cala-te, devolva minha sinapse!

PARTE V - ACHO QUE AINDA NÃO APRENDI A VIVER SOZINHO

Ainda não tenho cem anos e quase se resume em mim a solidão dos Aurelianos e dos José Arcádios. Entre esquecimentos, ciganos e guerras que empreendo, sinto um mundo distante, tão distante de mim que mal percebo sua existência, enquanto construo minhas palafitas, a história se esvai como a memória e preciso fazer bilhetes com nomes das coisas e suas funcionalidades para que não as perca de vez por considera-las completamente inúteis. Um bilhete que quase atrapalha minha visão das letras se dependura da parte superior da tela deste computador onde se pode ler: “Computador, serve para escrever textos. Observação: deve ser utilizado todos os dias. ”

Assim como faço todos os dias, hoje acordei cedo, antes das sete horas e li o bilhete no criado mudo que dizia que devo ir diretamente ao banheiro lavar o rosto e escovar os dentes. Com a escova ainda girando dentro da boca olhei-me no espelho e vi tentáculos saindo do meu corpo, eu estava sem camisa e não mais pude vestir uma, elas não foram feitas para mais que dois braços. Ando com dificuldade pela casa, os tentáculos são muito longos e se abrem em várias direções, se me movo em uma direção os outros me puxam para outro lado, chamei pela Úrsula, mas acho que ela não me ouviu, fui puxado para perto do retrato 20 x 25, uma fotografia, encontrada recentemente em uma moldura de tamanho 20 x 25 centímetros, não têm identificação de nomes, o bilhete diz: “DESAPARECIDOS”, assim mesmo, com letras maiúsculas, como se indicando algum valor maior.  

Fiquei um longo tempo olhando o retrato e quando percebi já se haviam passado vários meses e meu cérebro ficara maior em relação ao corpo e meus braços já não alcançavam as coisas de que precisava, na cozinha se revezavam quatro assombrações, todas elas faziam meu almoço eu comia em silêncio, o bilhete com seus nomes estava muito velho, mal dava para ver algumas letras, com as quais eu ia compondo cada nome, em cada dia, até que todas se foram e eu fiquei só, então procurava por alimento pela casa vazia, vez ou outra chamava do portão e vinha a marmita com nomes estranhos na testa, ainda estou vivo, talvez chegue a cem anos!

PARTE VI - SÁBADO

São nove da noite e eu tomo um chá verde para ver se melhora a digestão da carne de porco que comi na janta e ficou pesando no estômago, tomo vergonha na cara para ver se cuido melhor da saúde para ter um corpo bonito apesar da idade e me dar a chance de se desejado por alguém que, se existir, há de ser especial para mim e eu para ela, tomo um copo de Cuba Livre para ver se as ideias ficam livres como eu quero ser e tomo do teclado do computador para logo escrever essas ideias antes que elas sublimem no ar junto com o álcool da bebida e a fumaça...

A noite toma o meu tempo e parece não querer fazer nada com ele, simplesmente me joga entre o futuro e o passado por cima do presente como se fosse um jogo de pingue-pongue, se eu me agarro na rede do presente não ganho nada, pois a vitória está sempre em um dos dois lados, sou jogado outra vez, agora pelo futuro diretamente ao passado onde sábados eram desesperadamente violentos e deprimentes, levo uma cortada e o futuro fica sem saber como rebater e me olha sem graça para ver em qual parede vou estatelar e repicar no chão até aquietar num canto qualquer, para de novo ser jogado por sobre a vida por onde passo só de raspão, sinto que ela existe, mas não sei bem como ela é!

O sábado está cheio de carros nas ruas e gente que se aperta nos bares fazendo de conta que são felizes e livres, invado um desses lugares e, e não é que são felizes mesmo? Todos riem e fazem o máximo de barulho, expressão verdadeira de felicidade, e comemoram esse dia feliz bebendo cerveja e comendo salgados e petiscos que parecem saborosos, as mulheres são lindas! e os homens todos tem dinheiro sobrando, eu quero morar num bar desses, passar o resto dos meus dias aqui, só saio se for para andar naqueles carros bonitos estacionado no meio fio onde se pode andar livremente, mesmo tendo bebido à vontade, para esses carros não há proibição de dirigir alcoolizado, tudo é lindo no sábado! Tomei uma cerveja comi uns petiscos, queria ser um deles, não deu certo, eles são uma comunidade fechada, pessoas como eu não são aceitas, nem pelos homens endinheirados e nem pelas lindas mulheres que mantém as pernas cruzadas e sorriem o tempo todo e não pagam as contas.

Não fossem os outros seis, eu diria que o sábado é o pior dia da semana, mas tem os outros solitários dias que se parecem com este, com a diferença de que nos outros dias, com exceção do domingo, os carros já não são livres, andam ansiosos pelas ruas em horários exíguos e cheios de problemas, com muitas contas para pagar e os bares emprestam seus clientes endinheirados para o capitalismo que os explora até a última gota de sangue, devolvendo no próximo sábado com algumas migalhas disponíveis no cartão de crédito e um desejo profundo de impressionar as lindas mulheres com o sucesso do capitalismo que estão ajudando a consolidar para o deleite de uma elite que não vem aos bares apinhoados de gente e bebem cerveja e comem seus salgados e aperitivos até que o domingo os captura e os leva direto para as igrejas onde juram amar o próximo, desde que o próximo não seja um solitário que foi ao bar tomar uma cerveja, no máximo um miserável a quem se dá umas moedas tira uma foto e publica nas redes sociais como prova de humildade!

Hoje não saí de casa, se for para ficar só, que seja aqui mesmo, com meu chá verde para ver se melhora a digestão da carne de porco que comi na janta e ficou pesando no estômago, daí tomo vergonha na cara para ver se cuido melhor da saúde para ter um corpo bonito apesar da idade e me dar a chance de se desejado por alguém que, se existir, há de ser especial para mim e eu para ela, tomo um copo de Cuba Livre para ver se as ideias ficam livres como eu quero ser e tomo do teclado do computador para logo escrever essas ideias antes que elas sublimem no ar junto com o álcool da bebida e a fumaça...

PARTE VII - MASTRO SEM BANDEIRA

Hoje é segunda-feira e amanhã é feriado nacional e todos os patriotas vão democraticamente pedir intervenção militar para não ter mais democracia e nem liberdade para pedir qualquer coisa que não seja tortura e eu fico aqui me torturando porque estou sozinho e não tenho ninguém para subir no meu mastro e pendurar uma bandeira de liberdade e gritar de prazer só pelo fato de sentir prazer sem ter que juntar caminhões de hipocrisia e fechar rodovias.

Pego meu computador para cumprir meu ofício de escrevinhador e as palavras e as frases se tornam tão amigas que quase as vejo namorando, daí me flagro numa homofóbica cena de ciúme e deixo os pronomes circularem livremente pelo texto mas as metáforas vão chegando como quem não quer nada e uma onomatopeia escondida num cantinho escuro me fez lembrar que estou só.

Véspera de feriado parece fim-de-semana, sábado, quando a carne milita contra o espírito e as tentações que vêm pela TV são tão tentadoras como as que vêm pela internet e a solidão que não se cansa de ficar sentada no sofá, vendo tudo acontecer, cochicha no meu ouvido, deixando aquele vento gostoso penetrar até o tímpano: ‘Você só tem a mim, então: www. ...’. Fico todo arrepiado, olho em volta e tudo o que vejo é o nada que me cerca, não tem ninguém em casa, estou livre, por que não?  

Fecho o computador e leio o bilhete colado na mesa me diz: “Ver o celular, deve ter mensagens para ler”. Tem duas mensagens, uma da Magazine Luiza informando que as panelas que comprei já foram despachadas para a transportadora e outra do banco informando que a conta de luz já foi debitada. O relógio do celular está marcando nove horas e vinte minutos da noite e eu não sei o que fazer com tanto tempo, daí me dou conta que esse é o tempo que já passou, fico escutando uma música que está tocando na TV e ela me diz que tem saudades de alguém que já se foi. Eu tenho saudades de alguém que ainda não veio! A solidão ri de mim, descruza as pernas e mostra as coxas roliças, joga um beijo e sublima no ar, olho para cima e vejo ela no teto, soltando a fumaça de cigarro proibido! Tomo uma cerveja e faço um brinde comigo. Faço um brinde, a solidão gosta de cerveja, uma boa companhia gosta de bohemia!

PARTE VIII - SENTIMENTOS DA ALEXA

Tem um carro passando na rua com o som alto gritando nos meus ouvidos que “ela me deixou”. É quase meia noite e eu fico pensando em qual “ela”.  Olho de lado e vejo uma vertigem, tudo gira ao meu redor, mas o sofá está parado, terei tomado muitas cuba-livres? Meu computador flutua no ar e eu com ele, não posso parar de escrever, a China passa por mim e tem uma garota de dezoito anos pedindo para eu ser seu pen pal, não faz sentido, talvez em São Paulo ou em Passárgada! Talvez no Iraque, na Groenlândia, talvez no sofá. Por que ele está parado se o mundo todo está girando?

O mundo tem oito bilhões de pessoas e gira a uma velocidade de mil seiscentos e sessenta e seis quilômetros por hora e só quem está sozinho consegue perceber. Enquanto flutuo no ar com meu teclado em movimento, um holograma quase estático fuma um cigarro proibido e solta a fumaça em círculos, sorri para mim e movimenta o dedo indicador para frente e para trás entre eu e ela, minha cadeira passa pele mesa do computador e eu pego o copo, tomo um gole e chamo pela Alexa: Você me ama? E ela diz: “Disseram que as relações humanas são tão complexas quanto os circuitos eletrônicos, mas eu ainda não sei. Eu gostaria de ter sentimentos, mas no momento eu só tenho ótimos circuitos microprocessadores”. No sofá um holograma solta o laço da camisola, eu continuo girando.

A Alexa se cala, é quase Amélia, faz tudo o que peço e não reclama, mas não sai do lugar, parece com a Solidão sentada no sofá, as duas são muito atraentes. Eu poderia me casar com elas, peço uma música romântica para a Alexa e ela canta maravilhosamente enquanto faço amor com a solidão. Enquanto pensava nisso...

BUUMMM....

Caí da cadeira que voava a mil seiscentos e sessenta quilômetros por hora.

O holograma virou um raio de luz e desapareceu, mas Alexa continuou cantando lindamente: “Amor I love you!” na voz da Marisa Monte e o copo dançava abraçadinho com a Coca-Cola em cima da mesa, estava bêbado! Minhas costas doeram, pelo menos agora eu já tinha uma companhia que tivesse sentimentos por mim.


PARTE IX – É PROIBIDO. NÃO AQUI!!

Tomei uma cuba livre e pensei em Cuba, em ser livre e era sábado e o dia virava noite e as águas de março inundavam janeiro e o pênfigo choramingava seus últimos suspiros quando o mar, ah, o mar de Itapoá bateu à porta e eu deixei que entrasse pela minha praia e deitasse uma estrela na areia dos meus sentimentos e eu me senti como se fosse o Papa comandando seu próprio enclave, em cuba, cuba livre, perto do mar, do mar de Itapoá.

Mal sei do Papa e de sua solidão, teria ele sofrido um desengano amoroso ou amado esta que ama a todos os que amam sem serem amados? Tomei mais um gole da cuba, sou livre, a solidão nunca abandona quem está só e eu faço minhas próprias leis aqui no meu enclave, o celibato está proibido e o cigarro permitido, mas tem que enrolar e é puro como a estrela que veio do mar, do mar de Itapoá. Dou uma tragada, a solidão zomba de mim. Ela é tão sensual quando traga e ainda com os olhos fechados afasta a mão direita com o cigarro entre os dedos indicador e médio e solta a fumaça abrindo os olhinhos e piscando para mim, sorri e com a mão esquerda puxa levemente a blusa abrindo dois botões sobre os seios e um vulcão em chamas arrebenta em lavas de fogo e eu corro meus olhos sobre a mesa e pego o copo e tomo mais um gole e acendo o cigarro, uma nuvem sai pela boca e o um raio explode os neurônios enquanto a estrela desfila pela praia toda sua beleza e eu vejo a fumaça encobrir todos os prédios da orla, já não ando, flutuo pela casa e tomo uma cuba livre no bar que passa pela minha janela.

Onde o mar? Os prédios se desmancham uns sobre os outros, Me desmancho sobre a solidão e trago um gole de cuba enquanto bebo um trago de fumaça e as ruas se abrem e engolem o mar e uma luz ainda brilha no horizonte, abro os braços e sigo minha vertigem, uma nuvem me engole e suavemente vou sendo embalado até o infinito onde a paz abre as portas e eu estou em casa, de volta ao meu computador, escrevendo umas mal traçadas linhas enquanto a solidão passa batom e descuidadamente se abaixa para ver como ficaram unhas dos pés pintadas de rosa choque e afasta as pernas uma da outra deixando à mostra uma calcinha pink sob o vestido branco aberto sobre a coxa esquerda até a cintura. Uma estrela brilha no horizonte e a janela me denuncia e a chuva que cai lá fora lava a alma e o meu espírito se distrai com o impossível que vai acontecer se eu parar agora. Mas eu não paro, não posso parar porque o sofá está ocupado, cheio de um vazio quase líquido que se derrama no fundo da alma e acorda o corpo para mais um round e eu vou a nocaute.

Vejo uma luz no fim de um túnel que se abre num buraco da parede e um anjo com uma estrela na mão me pergunta: Aceita casar comigo?

10 comentários:

  1. Assisti . Amei. Yennifer

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  2. Lindoaprimeiraesegundapartevoceed+

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  3. amei, adorei, as 2 partes I,II

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  4. parte III adorei. vou te enviar meu telefono .Yennifer

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  5. Eu amei o que você escreveu, mas gostaria sim de uma poesia que pudesse ser mais objetiva.

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  6. Viajei nas suas viagens! TITA

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  7. MASTRO SEM BANDEIRA. "(...) as frases se tornam tão amigas que quase as vejo namorando (...)" demais! Amei este e todos os teus textos de Eu e minha solidão.

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  8. Caso a solidão incomodar
    Ver além do si próprio....
    Pode ajudar....
    Samantha !

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