Eu sou matemático, pode acreditar, sou mesmo, me formei em 2001
no Centro Universitário da Grande Dourados – UNIGRAN, acho que isso me habilita
a falar de números. E existem números para todos os gostos, por exemplo são
inúmeros os casos de pessoas que estão procurando qualquer coisa que seja para
ver no facebook neste momento, mas a probabilidade de encontrar é tão pequena
quanto a coragem de fechar a página do livro eletrônico. Aí fico pensando: Inúmeros
..... são números?
Sei lá! Números são utilizados para medir distância, ou
quantidades, ou o tempo decorrido desde que você amou verdadeiramente pela
última vez. Amor tem mesmo essa magia de incorporar distância, quantidade e
tempo, meio que numa regra de três, onde distância é inversamente proporcional,
quantidade é diretamente proporcional e o tempo é a hipótese e significa que a
tese pode destruir tudo ou confirmar o teorema. Já ouviu falar do teorema da
incompletude? Pois é, só vou dizer uma coisa: O segundo teorema da
incompletude, uma extensão do primeiro, mostra que tal sistema não pode
demonstrar sua própria consistência, tipo assim, o amor. Nada como um
matemático!
As distâncias podem ser medias de diversas formas: em metros,
milhas, etc., são também medidas pela saudade, pelo sofrimento, frieza, o
aconchego, às vezes o poeta é o grande matemático dos sentimentos. Que seja
eterno enquanto dure, disse Vinícius de Morais, que não era matemático, era
diplomata! E por falar em diplomacia, quanta falta ela faz na hora de encurtar as
distâncias!
Estamos em tempos de distanciamento social e tem gente levando
isso a ferro e fogo. Esta semana mesmo deu na televisão a imagem da moça que se
achou mais, sei lá o quê, que o fiscal no Rio de Janeiro e pensou em mostrar o
seu distanciamento social com a informação de que e é engenheira e é melhor. É de gente assim que dá vontade de ficar distante. A pior
distância que existe no Brasil só pode ser medida pela distribuição de renda. A
ganância é a régua predileta usada para medir a discriminação na sociedade.
Elairton Paulo Gehlen
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