Se fossemos tirar uma foto do mundo
atual, certamente apareceria em primeiro plano milhões de exemplares do vírus
da doença denominada COVID-19. Esse é o assunto em destaque no momento. Olhando
para essa ‘fotografia’, temos a impressão que ‘quando tudo isso passar’ a vida
vai voltar ao normal. Não, não vai! Não só não vai porque teremos que usar
máscara, e manter distanciamento social até que se encontre uma vacina, mas
porque uma crise econômica e de valores sociais se instalou e não será
resolvido em pouco tempo.
Na ‘foto’ da conjuntura deve aparecer
milhões de pessoas que estão perdendo o emprego e outras tantas que
simplesmente perderam o trabalho, como os autônomos e precarizados, trilhões de
dólares gastos pelos governos para conter o avanço da doença, trilhões de
dólares de perdas fiscais, milhares de empresas encerrando suas atividades e, o
que é mais grave, nenhuma possibilidade de que isso se resolva no curto espaço
de tempo.
Uma crise tão grave como esta só
aconteceu em 1.929, quando a quebra na Bolsa Internacional de Mercadorias,
gerou um período chamado de ‘A Grande Depressão’. As causas são diferentes, mas
os efeitos podem ser semelhantes. Altos índices de desemprego, baixa
produtividade e pouca atividade econômica associados ao alto endividamento dos
governos fazem com que a crise se prolongue no tempo afetando toda a economia e
levando milhares de pessoas a não terem mais acesso a nenhum tipo de recursos.
Agora, poderíamos dizer que devemos
estar preparados para, de alguma maneira, atender, pelo menos os que já estão
batendo à porta por algum tipo de ajuda e quiçá reforçar os suprimentos para as
equipes de atendimento social. Mas, não, isso não basta. Fazer isso sem
entender a real conjuntura, é o mesmo que por remédio numa ferida que sabemos
não irá cicatrizar porque está gangrenada.
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