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sábado, 13 de junho de 2020

MAS, O QUE É O CAPITALISMO? - NEOLIBERALISMO (Conjuntura parte 7)

Você já deve ter ouvido falar em ‘Privatizações, Fortalecer o mercado, Estado mínimo, Atrair investimentos, Desestatização’. Esses e outros termos são utilizados para indicar que o governo está defendendo um processo de liberalização da economia. Então o governo é liberal ou neoliberal, termo utilizado para explicar os ajustes feitos ao liberalismo depois da quebra da bolsa de mercadorias de Nova York em 1929. Para entender o que é o neoliberalismo, vamos antes ver o que é liberalismo e porque teve que ser ajustado depois de 1929.

O capitalismo se desenvolveu, graças às novas ideias surgidas com o renascimento e o iluminismo. O desenvolvimento da ciência foi acompanhado pelo desenvolvimento de ideias para o novo modelo econômico. As ideias que prevaleceram foram as inicialmente desenvolvidas pelos economistas Adam Smith e David Ricardo.

Adam Smith (1723-1790) foi um economista e filósofo social do iluminismo escocês e é considerado o Pai da Economia Moderna. Para Smith, a economia se move pelo interesse privado dos indivíduos. Smith defendia a liberdade contratual (entre patrões e empregados), a propriedade privada e o Estado mínimo (que não interferisse na economia). E o fazia porque entendia que as empresas privadas podem desenvolver o comércio com mais habilidade e que os trabalhadores, mesmo buscando seu interesse particular ao ir para o trabalho, estarão contribuindo para o bem comum da sociedade. Sua principal obra: A Riqueza das Nações.

David Ricardo (1772 -1823) Economista liberal, formulou um sistema de livre comércio e produção de bens que permitiria a cada país se especializar na fabricação dos produtos nos quais tivesse vantagem comparativa, também chamado de sistema de custos comparativos. Sua principal obra: Princípios da economia política e tributação.

Tanto Adam Smith quanto David Ricardo e outros economistas da época, defendiam que o estado não deve interferir nas relações comerciais e na forma de organização da produção, tendo as empresas liberdade para empreender. Adaptando para a economia os princípios que Darwin (Charles Darwin, 1809-1882) utilizaria par explicar o processo de desenvolvimento da natureza, o liberalismo afirmava que as empresas que melhor se adaptassem ao meio onde atuavam iriam se desenvolver.

Com liberdade para empreender, os capitalistas fizeram a revolução industrial acelerando a produção de mercadorias de forma vertiginosa. Esse aumento de produtos traria uma questão a ser resolvida: Haveria de ocorrer, em algum momento, uma super oferta de produtos no mercado? Para responder a essa questão, o economista francês Jean-Baptista Say (1767-1832), criou o que ficou conhecido como Lei de Say: “no fim das contas, deduzida do princípio da Contabilidade Social:  Produto é igual à Renda que é igual ao Dispêndio (Produto = Renda = Despesa) ”. Segundo Say, se a quantidade de produtos é a mesma que a Renda de todas as pessoas e as despesas são também iguais a renda, isso implica que todos os produtos serão consumidos em curto, médio ou longo prazos, implicado daí que não haverá excesso de oferta de produtos.


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