Karl Marx (1818–1883),
junto com Max Weber e Émile Durkheim (1858-1917), forma o que os estudiosos
chamam de os mais representativos autores da Sociologia Clássica.
Para Marx,
não há como analisar o capitalismo sem entender as classes sociais nele
contidas. Neste sistema, os trabalhadores deixaram de ser proprietários dos
instrumentos de trabalho, tendo como única fonte de recursos a força de
trabalho que é vendida ao proprietário dos meios de produção. A força de trabalho se equipara às matérias
primas utilizadas na produção e os produtos se transformam em mercadorias que
agora não tem mais o valor de uso, mas valor troca, possibilitando ao
capitalista agregar valor aos produtos e aumentar a circulação do dinheiro
gerando dessa maneira mais lucro e mais controle social. As mercadorias são
cotadas pelo valor total das matérias prima e da força de trabalho necessária para
sua produção mais o que se passou a chamar de ‘mais-valia’. Simplificando, mais-valia é o valor que o
proprietário dos meios de produção se apropria quando o trabalhador produz
excedentes de mercadorias além do necessário para a reprodução da força de
trabalho. Desse modo, é a mais-valia gerada pelo trabalhador que faz com que o
capital se reproduza, gerando riqueza que é apropriada pelo proprietário dos
meios de produção.
Não
possuindo meios de subsistência fora do sistema, os trabalhadores se submetem
às condições impostas pelos capitalistas e vivem cada vez mais em condições
degradantes. Para melhorar as condições de trabalho e de vida do proletariado,
são necessárias Leis que de alguma forma regulem as relações de trabalho. Mas
as Leis são feitas pelos governantes que, de modo geral, são representantes dos
patrões. Então, Marx propões que a única alternativa para os trabalhadores é
compreender como o sistema funciona e promover a ‘luta de classes’.
As obras mais importantes de Marx, foram ‘O Manifesto Comunista’, onde conclama os trabalhadores do mundo inteiro a se unirem contra o capitalismo, e ‘O Capital’, onde analisa profundamente o capitalismo desde seu surgimento, seu funcionamento e suas contradições. Sobre as crises do sistema capitalista, escreve: “Não existe crise econômica tão profunda da qual o capitalismo não possa recuperar-se, uma vez garantido que a classe trabalhadora pague o preço do desemprego, deterioração dos padrões de vida e das condições de trabalho”.
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