(Foto
Joana Romero)
O
café está na mesa, mas não é o café da manhã, é o café do amanhã. Saboroso!
Sabor de futuro, transforma o ambiente, recria os conceitos e renova as
esperanças, ah! o café!, ‘na’ mesa, acima do entendimento, sobre o natural,
fora dos conceitos e desconectado com os sabores existentes. Não é café; é “o”
café!
Café
que fala do tempo, o minuto que ainda falta para a existência, a infinidade no
espaço de um minuto e todas as possibilidades que existem neste espaço que se
prolonga até o infinito. Um minuto, sessenta segundos, centésimos de segundos,
centésimos de centésimos de segundos, sessenta mil possibilidades em frações de
tempo, sessenta mil vezes o infinito depois de um segundo e o café sobre a
mesa. E eu me transformo em cada fração desse tempo.
Não
sou mais o mesmo. Chazin, tem, tem chazin fazendo companhia, sendo
transformado, transformando, o presente, o que há de vir, não posso ser o mesmo
depois deste café, chazin é combustível para alimentar o motor da existência. O
café na mesa fala de um futuro solto no ar, futuro que flutua de um lado para
outro e eu me aproprio dele, me apego ao sabor que fumega da xícara e evaporo,
não sou mais, sou o que virei a ser, já sou o futuro, me transformei. Café com
chá, Chazin.
Tem
salgados? Tem. Deixo eles na mesa, sempre estiveram ali, ali ficarão, são
o presente, quem quer presente? Passei, uma fração de sessenta mil partes de um
minuto, os salgados ficaram no presente, me apresento para a mudança, vejo
natureza, esperança, amor, já ouviu falar em amor? Não, não esse amor dos
salgados do presente. Sair da razão, uma fração de centésimos de segundo,
agarre-se a fumaça da xícara de café. Tem Chazin também!
Desculpe
ter saído, espero vocês, estou ali, à uma fração de um segundo da realidade!
Elairton
Pulo Gehlen
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