Neste último fim de semana de agosto dos desgostos fui à feira livre para comprar verduras e legumes e encontrar gente. Eu gosto da feira livre, é o espaço mais democrático que conheço, os produtos são oferecidos aos gritos, às vezes nem oferecidos são, estão ali para quem se interessar e se quiser comprar tem que gritar para ver se aparece o feirante que está na banca ao lado tomando tereré.
De posse de uma sacola com verduras e prestes a encher mais uma
de frutas notei que alguém me falava: Estas são as melhores, pode levar, são
muito boas! Não era o dono da banca, era só um freguês que comprara bananas e
queria que eu também comprasse da mesma. Com isso você faz o melhor chá para
dormir, é só ferver e depois tomar com mel, um santo remédio! E continuou
falando dos produtos naturais que havia na feira, de um tudo tinha, não havia
necessidade de farmácias e hospitais, bastava a feira.
Comprei as bananas para dormir bem, laranja e acerola para
prevenir a gripe, beterraba que ajuda na prevenção de várias doenças inclusive
do coração, comprei... não vou enumerar tudo porque a lista de benefícios é
muito grande. Acima de tudo, comprei uma boa conversa, o homem é o sujeito mais
otimista que já conheci na vida. Feliz por eu dar atenção a ele, me chamou para
tomar garapa de cana que é bom para retardar o envelhecimento e melhora o
rendimento para quem pratica atividade física. Comprei a garapa também!
Estamos no limbo! Foi o que tentei dizer desse período que vem
com o fim o mês de agosto até a chaga da primavera. Se fosse limbo, não haveria
primavera! Estamos no purgatório e é por isso que estamos na feira, lugar para
comprar produtos que nos curam e quando a primavera chegar iremos para o
paraíso! Então agosto era o inferno? Não, agosto era o mundo, cheio de pecados
e doenças, mas cheio de oportunidades, o pior mês do ano é o melhor para as
pessoas boas, quando todos estão mal sobressai a bondade de uns poucos que são
bons.
Com as sacolas cheias de remédios, digo frutas e verduras, me
despedi do amigo, não sem antes perguntar se podia publicar seu nome ao que ele
me respondeu com bondade: Claro, meu amigo, o nome não é propriedade
particular, é público e todos devem saber, senão como virão tomar consulta?
Pois então aqui vai: Amaro Batista dos Reis, caso queira tomar consulta, certamente
estará na feira do próximo final de semana.
top galáxias, vou lah
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