Eu não gosto de ficar criticando este ou aquele ou ainda aqueloutro político, mas tem umas coisas que, nem que seja de forma indireta tem que ser dita. Falta menos de uma semana para as eleições municipais e as mídias estão fartas de depoimentos comprometidos e comprometedores.
Dia destes ouvi a propaganda eleitoral no rádio e candidatos
ligados a uma coligação pediam votos para “candidatos da direita” dizendo que
não se alinhavam com os vermelhos. Achei coerente o discurso afirmativo de uma
política positivista de valores inflexíveis e forte determinação na defesa de
valores morais e aos costumes quanto à religião e a família tradicional. Não
concordei, mas achei coerência, pelo menos em parte.
Não demorou para que os minutos vencessem o prazo da coligação e
viesse uns vermelhinhos, também muito coerentes, pedindo votos para os mesmos
eleitores com um discurso, digamos, à esquerda dos azuizinhos que os precederam
nas ondas do rádio naquela tarde ensolarada. Esses, os vermelhinhos, afirmavam
que a democracia seria o pilar da sua ação política para as mudanças nos
conceitos arraigados da sociedade patriarcal.
Vejam os Estados Unidos, disse um azulzinho, lá o Trump pode até
ter perdido as eleições, mas jamais aceitou qualquer acordo com os vermelhos da
China.
Vejam os Estados Unidos, bradava o vermelhinho, lá o Trump foi
derrotado porque não quis romper com a velha política e dialogar com os chineses.
Numa eleição municipal, não entendi o que que tinha o Trump com
isso, nem mesmo os chineses, a não ser o combate ou a aceitação dos produtos da
China que atravessam o Brasil para serem vendidos no Paraguai e depois voltam
para o Brasil para serem vendidos aqui na cidade pelos camelôs, onde comprei
minha garrafa térmica Made in China.
Em casa, tomando meu chimarrão com a garrafa chinesa, liguei a televisão para conferir a última atualização dos votos nos Estados Unidos. O mapa apresentava as cores de cada partido, sendo a parte azul correspondente aos votos dados para Joe Biden e a parte vermelha para Donald Trump. Vermelha?
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