Antigamente se ouviam os recados na secretária eletrônica dos telefones fixos, donde conhecidos e desconhecidos depositavam todo tipo de informação, desde mensagens de amor até pedidos de favores ou reclamações pelos textos mal escritos. Sim, eu sou do tempo das secretárias eletrônicas, comecei meus escritos ainda antes de ter uma, mesmo antes de possuir um telefone e até mesmo antes de adquirir uma máquina de escrever. Em 1.984 escrevia textos à mão e mandava para o jornal A Notícia de Amambai, aqui em Mato Grosso do Sul e o jornal, acredite era montado letra por letra na tipografia. Não, você não tem ideia de como isso era!
Hoje em dia, é assim que se fala, né? Hoje em dia e de noite
também, os recados vêm no WhatsApp, no Facebook e outras mídias nas redes
sociais. Há poucos dias recebi um recado meio confuso que dizia: Não aguento
mais a minha psicóloga, o que é que eu faço? Isso lá é pergunta que se faça
para um escritor? Não achei resposta para nenhuma das duas perguntas, mas
aproveitei a dica para um texto e fui buscar inspiração noutra história, a
corrida dos ratos.
No dia seguinte publiquei uma longa história tentando mostrar a
infindável e inútil busca que quase todos fazemos dedicando muito mais tempo ao
trabalho ou outras atividades em busca de um objetivo que nunca iremos atingir:
a felicidade ou a riqueza com a qual eventualmente poderíamos alcançar a tal da
felicidade. Trabalhar mais, para quê? Dentre essas ‘outras’ atividades
mencionei o tratamento psicológico feito em consultórios particulares e
perguntei se alguém conhecia um paciente que tivera alta dada pela terapeuta. No
imediato dia seguinte meu blog teve um salto no número de acessos e meu
WhatsApp chegou a faltar com o respeito comigo.
Tive que me redimir e aceitar que eventualmente um ou outro
paciente recebe alta e o profissional de psicologia dá por findo o tratamento.
Parece não ser esse o caso da minha ansiosa leitora. Voltou com outra mensagem
insistindo que seu caso já demorava por demais e que ultimamente era ela quem
parecia estar tratando a psicóloga que mais falava do que ouvia. Aconselhei que
cobrasse pelas sessões! Uma semana depois voltou com outra mensagem agradecendo
meus conselhos e informando que não havendo progresso no tratamento resolvera
dar alta para a psicóloga, mesmo esta insistindo na necessidade de se dar
continuidade ao tratamento, sem explicar exatamente quem é que estava sendo
tratada.
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