Estamos há duzentos anos do brado heroico do Príncipe Regente Dom Pedro I às margens do Riacho do Ipiranga, quando ele teria erguido a espada corajosamente e bradado: “Independência ou morte! ”, tipo o Bolsonaro ameaçando usar ‘pólvora’ contra a maior potência mundial. Entre um extremo, o de Pedro gritando por independência quando ela já havia sido assinada pela sua esposa, a então Regente do Brasil, dona Leopoldina que, pelo fato do marido estar ausente, em viagem a São Paulo, assumiu o cargo de Regente e convocou uma reunião extraordinária, presidida por José Bonifácio e no ato assinou uma Declaação de Independência do Brasil, daí mandou a carta para Pedro, que a recebeu em 7 de setembro de 1.822, e de posse dela comunicou o fato ao público, às margens do Ipiranga. No outro extremo, o atual regente do Brasil, num de seus acessos de loucura, às margens de qualquer ato de sanidade, ameaçando declarar guerra ao Império dos Estados Unidos da América!
Entre um e outro, o Brasil conta
duzentos anos de dependência, primeiro da Inglaterra, maior economia mundial
desde a Revolução Industrial até o “crash”
da bolsa de valores de Nova York em 1.929, tempo em que o Príncipe Regente,
quer dizer, o Imperador Dom Pedro I, obedecendo ordens vindas do Britânicos,
invadiu e dizimou o povo paraguaio, num dos maiores crimes de genocídio que se
tem registro na história. Na década de 1.930, durante a ditadura do Estado Novo,
o Brasil obedecia ordens de Hitler, com quem se identificava o primeiro governo
de Vargas, em 1.944 aliou-se aos Estados Unidos de quem permanece dependente
política e economicamente até hoje, não importa quanta pólvora tenhamos nos
estoques do exército!
O grito de independência, lá dos idos
de 1.822, ainda ecoa pelo nosso país, mas sem uma resposta, enquanto isso, as
mortes são contadas aos milhares, centenas de milhares, milhões entre nossos
valorosos soldados, não os do exército, que andam recebendo aumentos consideráveis
em seus vencimentos, especialmente os de patente mais elevada, onde se tem
fartura de leite condensado, viagra e próteses penianas, indicativo das suas
principais atividades, mas mortes contadas entre o povo trabalhador que produz
riqueza para empresas do Império Norte-Americano, commodities para alimentar o “inimigo” Chinês e muito lucro para os
banqueiros, destino prioritário do dinheiro público, durante esse tempo, negros
foram terrivelmente escravizados para depois serem brutalmente excluídos, trabalhadores
da cidade e do campo que lutavam por justiça social foram massivamente
torturados nos porões das polícias sob ordens do Império, trabalhadores rurais
chacinados quando clamavam por um pedaço de terra, e centenas de milhares de
cidadãos inocentes mortos na pandemia de COVID 19 por desleixo intencional dos órgãos
governamentais.
Vai ser bonito ver pela televisão o
desfile militar, os aviões sobrevoando a praia no Rio de Janeiro onde
paraquedistas vão descer feito super-homens, o Príncipe Regente vai dizer que
está tudo bem!
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