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domingo, 20 de março de 2022

O JARDIM DO ÉDEN

             O Jardim do Éden bíblico estaria localizado entre os rios Tigre e Eufrates, mais ou menos numa região onde atualmente se localiza o Iraque e o Kuwait. O jornal britânico Daily Express publicou matéria de pesquisadores da Universidade de Colônia que afirmam ter encontrado fortes evidências de que o Jardim do Éden tenha existido no topo de uma colina no sudeste da Turquia, num local chamado Gobekli Tepe. Outros pesquisadores afirmam poder ser até na Armênia. Tudo suposições, segundo o texto bíblico, o jardim foi fechado aos humanos, então não dá mesmo para saber onde é, a não ser que se tenha outro Jardim do Éden por aí, por exemplo, em Cascavel, no Paraná, onde eu fui com tomar uma cerveja e comer uns petiscos com a Clara e o português Joaquim.

Pode não ser o Paraíso bíblico, mas tinha vários Adãos e Evas passeando entre as árvores enquanto o dia que já virara noite produzia frutos deliciosos para serem saboreados em pratos colhidos em cardápios quase exclusivos do lugar e uma banda tocava Rock antigos numa pregação quase religiosa para fiéis que cantavam junto tomados por algum espírito que não sei definir muito bem, talvez da bruxa, quem sabe dos gatos, da própria natureza, exuberante ali, ou por causa da cerveja que se consumia ao sabor da música, do bate papo e do valor disponível nos cartão de crédito.

Já não preciso mais explicar que o Jardim do Éden, neste caso, é um bar encravado no meio da natureza. Quando não chove, pode-se acender uma fogueira e queimar nela horas de conversa e ascender às alturas depois de umas cervejas e pelo menos uma mordida no fruto da árvore proibida. Caso esteja muito cansado, o cliente pode repousar por um tempo numa das redes a um canto do Jardim ou queimar os infortúnios na Fogueira da Desilusão, a casa da Bruxa!

O Joaquim, filho de português, não perdoa uma publicação com erros de gramática ou de grafia. Mas este escrevinhador é matemático, e estes, são pouco afeitos à gramática. Certamente, a estas alturas, já devo ter sofrido duras críticas do Joaquim por conta do nome do lugar, já que o mesmo se chama JAYDIN DO EDENN!! Parece um pouco com o original, assim como parece sofrerem os habitantes do lugar com as tentações. Fosse de dia, se podia distrair as ideias no balanço sobre o córrego de água limpas, mas de noite... não há quem não esteja à procura de um corpo para chamar de seu e no conhecimento do bem e do mal fazer a escolha mais prazerosa possível e depois ser expulso do paraíso. Ou ficar eternamente colhendo o mel!

Lugares como esse deveriam ser declarados patrimônio cultural imaterial. Ali tem arte, cultura, música e coisas inimagináveis como dar nome de Rua Tim Maia, para um estreito caminho que não leva a lugar nenhum, tipo as músicas do cantor e compositor.

Por fim, não fomos expulsos como Adão e Eva que não resistiram às tentações. Cá estamos, fora do Jardim, buscando o sustento entre cardos e abrolhos. Um pouco de ilusão não faz mal a ninguém. Se cada cidade tivesse um Jaydin, este mundo seria melhor!!

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