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sexta-feira, 3 de maio de 2019

A MORTE ................... DO ENTENDIMENTO

       He was a writer. Já não tinha mais as letras porque elas simplesmente não estavam. Muito barulho atrapalha o sonho. The dream is over! A morte lenta aprecia o vento frio e vai sendo anunciada a cada palavra em vão. O coração não sabe da morte e continua batendo infinitamente, jorrando sangue sobre a vida banhada na miséria do relacionamento.

He died. Não há dúvida. Morreu. Morte anunciada no primeiro dia de vida. Em comum. Nada em comum. O trator barulhento revira a terra e poda na raiz da planta que daria sementes de vida. Os outros já são mesmo mais importantes e não há espaço para o cultivo, as outras vidas estão florescendo e não devemos deixar de aprecia-las. As outras vidas sufocam a lavoura como uma infestação de ervas daninhas. A vida continua e ele respira as mazelas acumuladas desde sempre. Alimenta-se no monturo.   

O entendimento das palavras que não se entendem faz o desentendimento ser melhor, cheio de palavras, vazio de entendimento. Carroça vazia faz muito barulho. O forte trovão que ressoa de longe até longe e a certeza da escuridão tenebrosa que vem depois da luz. Raio de luz. Suddenly the lights went out. Letras que se arranjavam luminosas, frases que tinham sentido, personagens que se amavam. Suddenly. Para onde foram... Went out.
 
It’s me!

Elairton Paulo Gehlen

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