A janela se abriu quase num sorriso
Era
clara a vida lá fora
O
ar circulava sufocante
E
eu esperando em todos os momentos
Que
um novo tempo se aflora
Uma
indiazinha de uns três anos veio voando e bateu na janela
Tinha
asas de borboleta e um sorriso quase enigmático
Juro
que não fiquei atordoado, só petrificado
E
tentei decifrar que figura seria aquela!
Do
chão da sala verteu água pura, dir-se-ia mineral
Meus
pés estavam colados ao chão
Minhas
mãos amarradas
Ouvi
batidas na janela e um pequeno balde se me mostrava
Aipota
y hoy'u haguã
A
água mineral continuava jorrando pela sala
Eu
quero um pouco de água para beber.
Da
rua se ouvia coaxar de sapos
A
indiazinha continuava sorrindo
Ela
só queria água para beber
Os
olhos lindos abriram duas cascatas...
....
de sangue
Os
sapos são venenosos: dendrobates dourado
A
rua está cheia deles, estão fardados
A
indiazinha Iara não precisa mais de água
Duas
cascatas de sangue encheram o pequeno balde
Minhas
mãos estão amarradas
Meus
pés colados ao chão da sala
Estou
mudo
Os
sapos dendrobates dourado continuam fardados!
Ótima
ResponderExcluirA Poesia é maravilhosa e com muitos símbolos. Parabéns.
ResponderExcluirTriste realidade, estamos todos com os pés presos ao chão .😭😭😭
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