Meu filho tem dezenove anos e eu estou tentado a pensar que desde que fez dezoito a responsabilidade pelo que ele fizer é dele mesmo, afinal, ele é maior de idade e responsável pelos seus próprios atos. Muito justo, eu acho. Até completar dezoito, qualquer bobagem que ele fizesse, e ele fez..., era eu quem respondia.
Ter dezoito anos parece ser uma boa
referência de idade para que as pessoas assumam as consequências pelo que
fazem, ou deixem de fazer. Deveria ser assim também para as cidades, quando
deixam de ser distritos ou vilarejos pertencentes a outro município, é meio que
sua maioridade e os administradores deveriam assumir a responsabilidade pelos
seus atos. Tem até umas leis prevendo isso, a Lei de Responsabilidade Fiscal é
uma delas, ela garante, mais ou menos, que o legislador não gaste além do que
arrecada e se gastar tem lá as consequências. É como se o pai não desse limites
para os filhos e eles gastassem sempre mais que o valor estipulado para a
mesada e, para agradar os amigos o pai também gastasse além do orçamento e de
repente o cartão de crédito ficasse impagável e o nome fosse parar no SCPC.
Filhos deveriam ser bem cuidados,
assim também os cidadãos que residem nas cidades. E educação é a primícias dos
cuidados. Não fosse assim, não estaria na bíblia: “Ensina a criança no caminho em que deve seguir e, ainda quando for
velho, não se desviará dele”. Provérbios 22:6. Pitágoras, o pai do conceito de Justiça, norteadora
do Direito, já dizia, a 2.500 anos atrás: “Educai
as crianças e não será preciso punir os homens”. De modo que educar os
filhos e oferecer escola de qualidade deveria ser a primeira das prioridades de
qualquer cidadão ou governante. Estamos vivendo tempos de greve na educação de
Dourados porque o prefeito não prioriza a educação de qualidade. A quem devemos
recorrer para educa-lo: a Bíblia? Pitágoras? Talvez a Lei que regulamenta o
Piso Salarial dos Professores!
Deve ser bonito lá em Dubai! A nossa
cidade está um matagal só! Agora inventaram até uma taxa de lixo. E as praças,
os parques e as avenidas estão mesmo um lixo. E o prefeito foi para Dubai, bem
pertinho de Ali Babá e os Quarenta Ladrões! Isso me lembra a história daquele
pai que para agradar a família comprou uma casa com um terreno grande, daí candidatou-se
a um cargo público e não teve mais tempo de limpar o quintal, então mandou
pintar a frente da casa para que tivesse boa aparência para quem passasse pela rua,
mas no fundo o mato tomou de conta, os filhos não queriam carpir o quintal
porque o pai era político importante, e o pai não contratava terceiros para
carpir para não gastar dinheiro. Ao final do mandato, não tendo sido reeleito,
decidiu que limparia o quintal e, em cada enxadada que dava ia repetindo seu
arrependimento: “Ah, seu eu tivesse
cuidado melhor não daria tanto trabalho!”
Como será que anda o quintal do
prefeito?
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