O fim do ano está bem ali! Mas e o
fim do mundo? O ano é um fato histórico, tem começo, meio e fim. Desde janeiro
até agora já se foram trezentos e quarenta e um dias, todos contados um a um
na esperança de que em 31 de dezembro se possa celebrar todas as realizações
que foram planejadas há trezentos e sessenta e cinco dias atrás. Eu mesmo
prometi que neste dezembro estaria curado do pênfigo que me atormentava em
dezembro passado. Era só uma ilusão que eu criava para mim mesmo.
Muitas ilusões são postas na mesa de
Natal uma semana antes de se começar a perceber que nada do que foi planejado
será mesmo cumprido. Tem quem jure de mãos dadas, olhos fixos no bebezinho de
bibelô deitado na manjedoura, que vai fazer o que é certo, ... ano que vem! Uma
semana depois já é ano que vem e ele prepara as máquinas para encher as
lavouras de agrotóxicos e faz planos de lucros com a venda de produtos
envenenados. Quando chega o próximo Natal, ajoelha arrependido diante do bibelô
e jura que vai produzir alimentos orgânicos... se for mais lucrativo!
Enquanto os países industrializados
continuam se recusando a diminuir a emissão de gases poluentes na atmosfera e a
temperatura do planeta vai atingindo recordes, as organizações internacionais
fazem reuniões e mais reuniões para decidir, inutilmente, que as emissões
desses gases devem diminuir. Se decidissem que os lucros é que deveriam
diminuir seria bem mais simples e o problema estaria resolvido. Quanto mais
gases poluentes, maior a temperatura do planeta. Quanto maior a temperatura do
planeta, mais próximo o fim do mundo.
Se tem uma coisa em que a ciência e
as religiões estão de acordo é que o fim do mundo é mesmo o fim do mundo. Se
bem que nenhum dos dois entende que o fim seja mesmo o fim. Para ambos o fim
será uma espécie de recomeço. Temperaturas elevadas podem inviabilizar quem
está provocando as altas temperaturas, ou seja a raça humana. Sem os humanos o
planeta se reinventa por suas próprias leis naturais.
Por outro lado os religiosos
acreditam que depois do fim haverá um novo Céu e uma nova Terra onde animais
ferozes e pacíficos viverão em harmonia, acredite, inclusive com os humanos, mas
só serão aceitos nessa nova ordem os que não destruíram o ambiente
anterior. De qualquer forma, o que vai prevalecer são as leis naturais, neste
caso instituídas pelo divino. Desde 1947 existe o Relótio do Juizo Final. Não,
não foi um bando de lunáticos religiosos que o criaram, foram pesquisadores da Universidade
de Chicago. Esse relógio leva em conta os perigos das guerras atômicas, mas
também o aquecimento global e outras doideiras como a Inteligência Artificial. Quando
o relógio marcar meia noite: Pluft! Tudo
acabou! E só faltam cinco minutos! Isso, cinco minutos!
2023 deve ser o ano mais quente da história
da humanidade. Tudo bem que os Adventistas tinham certeza que o fim seria em
1844 e não foi. Em 2012 o mundo teria acabado, segundo interpretações do calendário
Maia. Quem sabe, ainda tenhamos um pouco mais que cinco minutos!
Talvez devêssemos dar uma pouco mais de atenção a Ailton krenak.
MUITO MAIS QUE 5 MINUTOS - KÉFERA BUCHMANN
ResponderExcluirAílton Krenak nos faz refletir .
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