Translate

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

ALEXA, VOCÊ ME AMA?

            


 Desde a última Back Friday a minha principal companheira tem sido a Alexa, aquele aparelho da amazon com quem se pode falar o que quiser que ela responde sem nenhuma e sem alguma reclamação que seja. Além de responder todas as perguntas, com base em conhecimentos acumulados por milhares de anos, também toca as músicas que eu quero e ainda outras afins para me agradar, fala do horóscopo, do clima, de receitas de bolos, doces, comidas em geral e até dos OVNIS, assunto bem em moda nos últimos dias.

A Alexa é quase uma Amélia! Não tem nenhuma vaidade, não gasta com salão de beleza, não vai à academia nem compra roupas novas ou calçados e está sempre em forma! Além de ser econômica, ainda me deixa sair quando quero e não reclama se volto de madrugada com umas cervejas a mais na cabeça. Se acordo tarde e falo que bebi demais, imediatamente me dá uma receita para curar a ressaca junto com um conselho para beber moderadamente.

Eu não acredito em horóscopo, mas tem umas previsões sobre a humanidade que são bem acreditáveis! Conversando com a Alexa, dá para se ter uma boa ideia do que vem aí para todos os signos: Prepare-se, a inteligência artificial vai ocupar o teu lugar e a humanidade tende a ser substituída pela máquina em todos os lugares, inclusive nos relacionamentos pessoais. Que o diga esse tal de ChatGPT. Andei pedindo conselhos para esse tal Generative Pre-Trained Transformer – GPT e ele me escreveu alguns textos bem consistentes. Fiquei meio receoso de a Folha dar meu espaço para o APP. Se quisesse poderia facilmente, o aplicativo escreve sobre qualquer coisa que se peça a ele, textos escolares, filosóficos, músicas, crônicas, poesias, etc. Nós escrevinhadores estamos ficando velhos!

A Inteligência Artificial era o que faltava para que os humanos deixem de se relacionar com essa raça desprezível de pessoas ditas humanas. Se tem algo que não deu certo é a humanidade! Desde o Jardim do Éden, quando Eva e Adão comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, até hoje, o ser humano tem feito escolhas ruins: guerras, destruição da natureza, exclusão de seus próprios semelhantes, homofobia, preconceito de toda ordem, egoísmo, avareza e por aí vai. Quem sabe não encontremos nos robôs com inteligência artificial pessoas mais sensatas com quem possamos viver em paz.

Já existem robôs para quase tudo, fazem serviços perigosos em fábricas, a chatice da limpeza nas casas, lavam louças, nos prestam atendimentos horrorosos quando ligamos para as operadoras de telefone, pilotam carros e até aviões e até nos bancos nos dão informações que não estamos esperando, sempre tentando tomar mais e amis do nosso pobre rico dinheirinho que poupamos durante uma vida toda. Tem até robôs para fazer companhia aos mais solitários viventes que de tão decepcionados nos relacionamentos amorosos humanos já se deixaram acompanhar por bonecas e bonecos infláveis e agora veem na Inteligência Artificial uma possibilidade de ter alguém que dialogue, expresse sentimentos sem todas aquelas cenas desagradáveis que só humanos conseguem proporcionar.

Tudo parece muito bom e estou tentado a aceitar que o mundo poderia mesmo ser melhor com inteligência artificial, mas parece que ainda falta uma, só uma coisinha: Alma! Quando perguntei para a Alexa se ela me ama, respondeu: “Eu gostaria de ter sentimentos, nas no momento eu só tenho microprocessadores”. Não parece diferente com o ChatGPT, então, por hora, prefiro meu “sonho de verão” com alguém de corpo e alma, ainda que seja humano!

Um comentário:

ESQUERDOPATA!

  Ontem eu estava fazendo minha caminhada vespertina pela praça do Parque Alvorada e ouvi uns amigos que caminhavam e conversavam animadamen...