Varoni é uma cachaça artesanal
produzida em Três Lagoas pelo ex empresário da construção civil Paulo Cesar
Varoni e CASULO é um espaço de cultura e arte localizado à Rua Reinaldo
Bianchi, 398 no Bairro Parque Alvorada em Dourados. O que uma coisa tem a ver
com a outra? Nada, até o Show “Menestrada” do artista Maringa Borget começar no
último sábado, pontualmente as oito horas e trinta e dois minutos da noite, com
um pouco mais de meia hora de atraso, sem nenhuma reclamação, para um público
quase intimista de vinte e poucas pessoas.
A cachaça Varoni estava lá no palco,
devidamente acomodada no fundo de um balaio virado de boca para baixo, fazendo
parte do show, literalmente. É que o artista precisa molhar a garganta e água
serve só para isso, mas a ‘mardita’
irriga os pensamentos e inspira umas conversas a mais entre uma música e outra
e pelo tanto que era bebericada dava para ver que era de boa qualidade! Se o
produtor ainda não é patrocinador, deveria ser, a propaganda é boa e a bebida
também, no final do espetáculo fui até o palco e provei: deu vontade de
adquirir uma garrafa!
No terceiro andar das arquibancadas
onde me instalei para assistir ao espetáculo dava quase para sentir o cheiro da
música. O espaço é muito bonito, com alguns móveis rústicos, arranjos de flores
e objetos de arte, a presença dos artistas é quase um detalhe entre as cores
das luzes que fazem um efeito maravilhoso em todo o ambiente, mas quando o show
começa, aí logo se vê que valeu os R$45,00 do ingresso. Música brasileira de
boa qualidade com canções autorais e interpretações de cantores consagrados da
música popular, a viola, o violão de seis cordas, os instrumentos de percussão
e claro, Maringa Borget tocando e
cantando e encantando davam a impressão que o dinheiro investido no ingresso
tinha se multiplicado. Se fosse possível monetizar emoções, eu diria que ficamos
ricos em uma hora!
Uma hora que passou assim: num
estalar de dedos! Uma hora de canções, histórias, aplausos e risos. Uma hora
que passou e o artista se despede para voltar em seguida porque o público pede “mais uma”. E o artista volta para
cantar mais uma e mais cinco e o público começa a pensar que o show não vai
mesmo acabar. Mas o artista se despede pra valer e o show que ia acabar não
acaba, continua ali mesmo no palco com o público descendo das arquibancadas,
conversando com os músicos, tirando fotos e até tomando uns goles da Varoni, afinal, a propaganda
foi convincente!
O show continua porque fora da sala
de espetáculos está o pátio, dos espetáculos também. Metade do público se
despede e vai para suas casas, outra metade fica porque tem um barzinho da dona
Solange que é uma graça e tem um jardim onde estão várias mesas e os artistas
se misturam ao público e do público surgem artistas e um novo show de cantorias
começam para só terminar... não sei bem que horas, eu “só” fiquei até às três
da madrugada e ainda nem paguei minha conta no bar da dona Solange porque ela
fechou antes e foi dormir.
Este texto parece propaganda do
CASULO, e é, tem coisas que vale a pena divulgar. O simpaticíssimo casal Walter,
que conheci sábado e Graciela, que não estava lá mas que conheço há mais de
trinta anos, são os donos do local, merecem o elogio, também, a coordenadora dos
eventos Júlia e toda a galera que cuida para que tudo fique bem e os convidados
tenham um lugar bacana desses onde se pode levar a família sem medo. No local
também funciona uma escola de artes, música e teatro e outros eventos, como A feira das Pulgas.
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