Por que só posso imaginar
E não ver a fotografia
Das tuas pernas roliças
De que tanto te elogias?
Já te pedi e não queres me dar
A imagem que tanto quero ver
Do teu corpo lindo
Prenhe de prazer
Onde teus olhos negros?
Onde teus cabelos loiros?
A malícia do sorriso?
E a boca de batom?
Onde?
Se me negas o essencial
Da imagem do teu ser
Não posso te amar
Nem no dia do teu querer!
Ainda que me queiras
Ainda que eu te queira
Como podemos ter o amor
É imoral? É pudor?
Vivemos da fantasia
Do que não é permitido
Daquilo que o mestre Raul dizia
Ser a maçã, proibida!
Quem proíbe a maçã de se comida?
É o pudor, ou é a crença religiosa?
O senso moral. Que moral?
Qual é mesmo o mal?
O compromisso do dia da escolha
Tinha escolha? Racionalismo!
Eu me comprometo a ser fiel...
Não era a natureza. Era a razão!
Que razão tem a razão?
Onde está o amor?
Não quero mais o compromisso
Tenho razões para não querer
Já me basta a idolatria dos santos
Já me bastam os dogmas de Roma
Sou livre para viver.
Amanhã há de ser um novo dia.
Vou te amar até o amanhecer!
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