Pedro e os outros apóstolos responderam: "É preciso
obedecer antes a Deus do que aos homens! (Atos 5:29)
Dos princípios religiosos têm surgido muitas práticas comunistas
ao longo da história. Nos séculos XI e XII, baseados em pressupostos
religiosos, os Cátaros e os Valdenses repudiavam a propriedade privada, exaltavam
a pobreza e a necessidade de uma vida comunitária onde todos deveriam trabalhar
e conviver igualitariamente. Esses grupos formaram uma dissidência na igreja
católica e foram violentamente combatidos pela cruzada albigense que praticamente
eliminou os Cátaros enquanto os Valdenses foram excomungados e perseguidos pela
inquisição.
Mais recentemente, a partir do Concílio
Vaticano II (1962) e a Conferência de Medellín (1968) surgiu na igreja católica
o movimento chamado Teologia da Libertação, que indicava a opção preferencial
pelos pobres e a luta contra o neoliberalismo. Na América Latina e especialmente
no Brasil, esse movimento encontrou nos textos de Marx a ferramenta ideal para
esclarecer que a libertação dos oprimidos se dá pela luta de classes, pois a
causa da pobreza está na classe dominante, a burguesia.
No Livro ‘o Socialismo e as Igrejas’,
da filósofa, economista e militante polaco-alemã Rosa Luxemburgo, a autora
chama a atenção para a vida dos primeiros cristãos, descrita no livro de atos
dos apóstolos. Ela enfatiza que nesse livro a opção dos Cristãos por uma vida
comunitária sem propriedade privada e com oportunidades iguais para todos é
algo que se parece com o que defendem os comunistas.
Como estes, muitos outros exemplos
podem ser encontrados na história. Se eu tiver que escolher um lado e eu tenho
que escolher, eu escolho ficar com quem defende os mais pobres, isso é próprio
dos comunistas, isso é próprio dos verdadeiros cristãos!
Elairton Paulo Gehlen
Nenhum comentário:
Postar um comentário