-
Cumpadre, diz que essa virose vai matar gente demais que as contas consegue contabilizar,
não é?
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É cumpadre, muito mais gente do que muito mais gente que a gente pensa que tem,
vai morrer, diz que vai!
-
Então...
E
os compadres foram fazendo as contas enquanto tomavam uma caipirinha. A
televisão ligada ia enumerando mortes pelo mundo a fora. Na soma dos vivos e
dos mortos, pela limitada visão dos caipiras, dava que os mortos ultrapassavam
a soma dos vivos em grande quantidade.
-
Não é possível que tenha tantos vivos nesse mundo, já que morreram tantos que eu
pensava que nem existiam!
-
Mas ainda restam alguns, nós por exemplo.
-
É, e se só sobrar nós dois, cumpadre?
-
Aí nós vamos ser muito ricos!
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E vamos comprar carro de luxo, fazenda, casa com piscina...
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E fazer uma festona com show do Gustavo Lima.
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E levar as muié mais gostosas para lá!
-
Não vai faltar cerveja...
- whisky
cumpadre.
-
Isso, e churrasco, muito churrasco.
-
Mas cumpadre, e se você morrer desse vírus e ficar só eu, com quem que eu vou
dividir as despesas da festa?
Elairton
Paulo Gehlen
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