O Presidente do Brasil é eleito de
forma direta, eu, você e todos os eleitores aptos a votar e que forem às urnas no
dia da eleição escolhem o candidato que mais agrada, e confirma o voto, daí o
Tribunal Superior Eleitoral faz a contagem e o que tiver mais votos será
anunciado como eleito e irá cumprir seu mandato até que novas eleições aconteçam.
É assim nos países com democracia plena como o nosso.
Em alguns países o processo eleitoral
é indireto. Por lá, os eleitores votam para formar um Colégio Eleitoral que irá
escolher o presidente. É assim em Cuba, por exemplo. É assim, também nos
Estados Unidos da América. Nesses países a democracia não é plena, já que não é
dado ao eleitor o direito de eleger o representante máximo da nação. Só a titulo
de ilustração, esse modelo era utilizado no Brasil durante a ditadura militar.
Mas, democracia não é só o direito de
votar e ser votado. Democracia é o direito de participar nas decisões políticas,
de criticar ou elogiar, de receber os benefícios da governança, de poder se
organizar enquanto sociedade civil e até de protestar quando algo vai mal na
aplicação do dinheiro público ou na forma inadequada de governo.
Ganhar ou perder uma eleição faz
parte do processo. Às vezes se ganha, às vezes se perde. Eu mesmo já fui
candidato à vice-prefeito da minha cidade, perdemos a eleição e respeitamos o
vencedor. Tem candidato que protesta contra o resultado, recorre ao judiciário
e até faz algum tumulto. Até aí, tudo bem, o que não se pode é arrebanhar
pessoas de boa fé, doutrinando-as com mentiras, e fazendo-as cometerem crimes
como os do dia oito de janeiro de 2023.
O candidato Jair Bolsonaro não se
conformou em perder o pleito eleitoral, o que sucedeu todos sabemos. Inconformado
com a eleição, o ex-presidente, que gostava de chamar o adversário de ‘ex-presidiário’,
jamais imaginava passar por outro processo, agora num Colégio Eleitoral, o
mesmo que tentou, por anos, desqualificar.
Nada como um dia depois do outro.
Neste momento, às vinte horas mais trinta e cinco minutos do dia 09 de setembro,
o placar está em dois a zero, basta mais um único voto e o inconformado candidato
derrotado será eleito para cumprir um novo mandato: o de presidiário. Quando
ele sair, talvez saiba o peso que é ser chamado de ‘ex-presidiário’.
continue a escrever.
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