Esta semana, um dos leitores da minha última publicação, fez um comentário que me deixou intrigado. A publicação era sobre ‘A inutilidade dos escritores e a utilidade dos economistas”, uma ironia, claro, e o meu caro leitor, comentando sobre a importância da leitura, e portanto dos escritores, chamou a atenção para o caso da Guerra na Ucrânia, “lá se mata muita gente que fez muita leitura, gente que tem alguma cultura...”. E seguiu seu comentário mostrando como é importante ler, ainda que isso possa parecer algo desnecessário nos tempos atuais.
Eu não gosto da guerra, não gosto
também das notícias sobre a guerra. As guerras matam muito mais do que pessoas
e as notícias têm matado muita gente ainda vivente por aí que acha que a vida
agora é o que foi dito na bancada do jornal no noticiário da tv; e o noticiário
é a morte de pessoas numa guerra que nunca é explicada de verdade. Também não
gosto de como se noticia as guerras urbanas, temos aí uma grande promoção da
bandidagem. Programas como o do Datena
na Band, Cidade Alerta na Record, e
alguns programas de rádios locais que matam mais gente do que as guerras.
Bombas matam muitas pessoas que fizeram muitas leituras, desinformação mata
aquilo que nos faz humano.
A guerra da (des)informação
provavelmente é a pior de todas as guerras. E não tem regime político que se salve! Nas ditaduras uma “verdade” é
construída para parecer verdade e fica proibido de se demonstrar que não seja,
mas é nas “democracias” que se faz guerra de informação. É corrente no meio
popular que as candidatas a Miss não
sabem nada sobre cultura ou política, estão focadas apenas em manter o corpo em
acordo com os interesses dos promotores de beleza. Jogadores de futebol devem
manter o foco nos treinamentos, bancários, comerciários, industriários e
qualquer outro profissional deve se ocupar com sua respectiva carreira e
investir em conhecimentos específicos e professores já não sabem mais o que
fazer nas salas de aula em escolas onde filosofia e sociologia foram banidas
dos currículos. Enquanto isso, na mídia e nas redes sociais graça a
desinformação.
Ainda assim tem que ousa escrever. O
professor, poeta e escritor Carlos Magno Mieres Amarilha lançou o livro: A História de Dourados: A Gênese da sua
Fundação. E tem quem lê. O mercado do livro tem apresentado crescimento
significativo nos últimos anos. Numa velocidade muito maior crescem os adeptos
das redes sociais, podcasts e lives, que, um pouco diferente das
bombas na Ucrânia, mas muito semelhantes ao Datena, Cidade Alerta e ‘certos’
programas de rádio da nossa cidade, matam a humanidade, especialmente da nossa
juventude.
Ontem fui na Câmara Municipal e
voltei com História de Dourados
devidamente autografado pelo meu amigo Carlos M. M Amarilha.
Gostei.
ResponderExcluirescreve poesia alivia a alma
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