(HOJE PUBLICO O SEGUNDO CAPÍTULO DO MEU LIVRO INTITULADO HISTÓRIAS DE ANA MARIA E SEU AVÔ, QUE SERÁ LANÇADO EM OUTUBRO.
Ana e o vô Júlio
andaram com seus cavalos pelo pasto e o petiço que nunca fora bravo, era manso
devido a autoridade da menina no controle absoluto desse animal.
- Tem que ser bom
para controlar um cavalo como esse que eu estou, hem vô? – Disse Ana muito
segura de si.
- É, minha neta,
eu fico tranquilo quando você está por perto. – Disse o vô.
- Deixa que eu vou
na frente, é mais seguro. – Disse Ana e conduziu seu cavalo adiante da montaria
de Júlio.
Assim foram até o
lago onde pararam para tomar água da bica. Ali ficaram descansando e
conversando enquanto os cavalos comiam grama.
- Sabe, vô... –
Ana começou a falar da escola. Contava detalhes das aulas, dos colegas, dos
professores e de como ela era boa nos estudos. Parece que queria falar tudo de uma
só vez, emendava um assunto no outro e o vô ia escutando pacientemente. Quando
ela parava para respirar, o que era raro, o vô tentava em vão falar alguma
coisa. Ana não deixava e já ia falando outra vez. Até que de repente ela parou
e ficou olhando para o vô e disse:
- Ué, vô e você
não vai falar nada?
Aí o vô aproveitou
a deixa e perguntou como estavam as notas.
- Estão ótimas,
fiquei de recuperação em cinco matérias, mas passei em todas!
Com o assunto
ainda pela metade, resolveram montar seus cavalos pois já estava na hora de
recolher o gado para depois ir almoçar. Foram tocando as vacas com os bezerros
para o cercado do curral, daí separaram as vacas dos bezerros e orgulhosamente
consideraram o serviço concluído para essa manhã que encostava nas 13 horas do
dia. Tiraram os arreios dos cavalos e foram se gabar na cozinha onde estavam a
mãe e a avó fazendo o almoço.
- Cheguei na hora,
vó. Acho que o vô não ia conseguir separar os bezerros das vacas se eu não
ajudasse. – Disse Ana orgulhosa da contribuição que dera na labuta do campo.
Depois do almoço o
vô e a vó foram dormir que ninguém é de ferro, enquanto que Ana foi assistir
televisão que ninguém é de ferro mesmo e a mãe repassou as mensagens do WhatsApp
que ninguém é de ferro mesmo, mesmo.
- Como a Aninha
está linda! – Disse a vó para a nora enquanto tomavam chimarrão no meio da
tarde.
Ana não ouviu esse
elogio porque estava com o vô arrumando o cercado das galinhas que se estragou
quando um boi fugiu há dois dias e acuado foi de encontro a cerca e derrubou um
palanque arrebentando a cerca de bambus.
- Essa minha neta
está muito linda! Disse o vô intuitivamente quando terminaram de consertar o
cercado. Bonita e eficiente, agora as galinhas não vão mais fugir.
Ana era mesmo
bonita. Aos dez anos de idade ainda lembrava que da última vez que passara as
férias no sítio a boca tinha uma janelinha que agora estava fechada por dentes
bem cuidados. A pele jovial, os olhos azuis e cabelos loiros bem tratados. Dava
para confundir com uma boneca bem grande.
- A mãe diz que eu
vou ser modelo quando eu crescer. Por isso que eu não gosto de estudar. Para
ser modelo a gente não precisa estudar.
- Quem não estuda
fica burrinho. – Observou o vô.
- Burrinha, mas
bonita e cheia da grana! – Justificou Ana, e emendou: - As modelos... – parou
por um instante, ia dizer algo depreciativo sobre as modelos... – as modelos –
repetiu - também não são lá muito inteligentes..., mas são ricas... - parou a
frase como se fosse prosseguir, mas só riu olhando para o vô com uma expressão
de dúvida, os olhos bem abertos e as mãos meio abertas na frente do peito, uma
mais próxima do queixo a outra um pouco abaixo.
O vô riu e pegou
na mão da neta para irem até onde estavam as modelos, quer dizer as mulheres
tomando chimarrão. Ele queria tomar umas cuiadas.
Elairton Paulo Gehlen
E uma pena que ainda, não consegui,ler este livro ,só um trecho dele,Me interresei, pela história, quem sabe um dia ,eu possa ,dar uma pausa nas minhas atividades,e ler.ja sei vou tirar férias,levar a minha rede,meus óculos ,lah na sítioca,onde tem uma sombra linda,onde só ouço o cantarolar dos pássaros, e o vento das árvores,,aí que paz,
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