“Cada dia é um dia
Para o tempo, mas
Um tempo quase
infinito
Para o sentimento! ”
Não sei se vale a pena continuar
contando os dias, eles passam tão de pressa que os sentimentos não conseguem
acompanhar. Ainda estou sentindo as emoções de janeiro e mal me dou conta que
estamos em novembro. O que dizer dos dias da Páscoa? Parece que foram ontem! E
o mês de julho, tão presente que nem dá para acreditar que foi há quatro meses.
Quatro meses! Exatamente o tempo que
parece ter durado uma infinidade! Se julho tivesse emendado com novembro sem a
necessidade dos meses de agosto, setembro e outubro tudo seria mais fácil. Mas,
não! O calendário insiste em manter os meses rigorosamente em sequência e os
dias um atrás do outro. Cada dia feito para o tempo, sem nenhuma combinação com
os sentimentos.
Justo o tempo. Este que sequer
existe! Ou está no passado, ou ainda será, no futuro. No presente, é uma fração
que tende a zero! Ou seja, não existe. Sentimentos existem e estão sempre no
presente. O dilema é conciliar o que existe com o que não existe, o futuro que
vira passado em frações infinitesimais com as emoções que não são passado e nem
futuro.
Às vezes fico horas a fio pensando em
quanto tempo desperdicei com sentimentos que não valeram à pena. Daí volto meus
olhos para a estante e vejo um livro que me diz que a esperança é vida. Me
pergunto: Quanto tempo ainda tenho de esperança? Tenho muitos livros na
estante. Por que guardo livros na estante por tanto tempo?
me empresta, ou faz doação
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