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sábado, 1 de novembro de 2025

REVOLTADOS

 



Eu tenho um blog, este mesmo, é meu domínio, e nele eu publico o que eu quiser, sem censura e sem restrições, por isso que o blog se chama: Literatura Para a Liberdade. A única restrição para minha liberdade é a legal, se bem que às vezes o que é legítimo tem mais valor.

Em geral a lei diz, e depois desdiz, que todos somos livres e iguais. Livres para obedecer e iguais para participar dos processos legais. É tudo muito bonito! E é bom que tenhamos uma referência de direitos e obrigações. Pelo menos teoricamente isso nos faz iguais na sociedade, mas...

Mas, tem um treco na constituição que nos faz diferentes perante a lei. É um direito fundamental, artigo 5º: o direito à vida à liberdade, igualdade e à segurança. Todos devemos respeitar esses direitos.

A constituição também tem outros direitos, chamados sociais, artigo 6º: todos os cidadãos têm direito à educação, saúde, alimentação e moradia. E, sendo direitos constitucionais, é dever do estado garantir esses direitos ao cidadão.

Eu acho que eu consigo preservar esses direitos. Sou um cidadão brasileiro, tenho casa própria, um carro e um salário que supre essas necessidades. Com minha renda eu consigo comprar aquilo que se chama constitucionalmente ‘direitos sociais’. Todavia, se eu tenho que ‘comprar’, já não me é um direito!

Já houve um tempo em que eu não tinha nem se quer o direito de comprar porque simplesmente eu não tinha dinheiro suficiente para isso. Estima-se que no Brasil mais de 50 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da miséria. Isso quer dizer que eles não têm o direito de sequer se alimentar; essa situação elimina não só o artigo 6° como também o 5°. Para que serve mesmo a constituição?

Por outro lado, dez por cento da população detêm mais de quarenta por cento da riqueza enquanto que outros 40 por cento ficam com renda em torno de 14 vezes menos que o primeiro grupo. O sistema que proporciona tamanha injustiça social se chama capitalismo.

Entre os mais ricos e os mais pobres tem uma tal de classe média, cuja única função é doutrinas os de baixo com a ideologia dos de cima.

Ah, eu sou revoltado? Sim, eu sou.

Um comentário:

  1. Cada linha é um ato de resistência, cada ideia, uma defesa da dignidade humana. é o grito que encerra o manifesto com autenticidade. Não é lamento, é afirmação: a revolta aqui é virtude, não defeito. você é livre escrevendo neste blog. sucesso. escreva+

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