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quinta-feira, 23 de outubro de 2025

VIDA LOUCA

 





Erasmo de Rotterdam, em seu Elogio da Loucura, fez muito bem em defender esse estado mental mais livre e descompromissado com as regras de comportamento social. Na verdade a vida é muito louca mesmo! E eu me conforto com a defesa que Rotterdam faz de grande parte dos meus comportamentos e até me sinto de certa forma lisonjeado; eu decididamente não concordo com a maioria das regras de sociedade.

Nem mesmo com as democráticas, ou pelo menos essas que se dizem tal. Desde Jean-Jaques Russeou, mais precisamente, desde 1.762 quando foi publiccado seu O Contrato Social, que a democracia vem se debatendo entre ditadores disfarçados e elitistas enrustidos. E, quando alguém tenta defender de fato a democracia, necessariamente num viés social, logo é taxado de comunista por quem não tem a menor ideia do que seja o comunismo. Mas, também por quem sabe muito bem o que é e odeia a possibilidade de isso ser compreendido pelo povo.

Erasmo de Rotterdam viveu entre 1.466 e 1.536 e o discurso da loucura teria sido escrito em 1.509 na casa do escritor e filósofo Thomas More, autor de Utopia, belíssima obra que pode ter tido como referência geográfica a Ilha de Fernando de Noronha. Na obra de More, os valores sociais são completamente invertidos e, o que parece normal para o mundo “exterior” é absolutamente normal na Ilha. Isso é uma loucura! Diriam os ricos ao ver que exibir correntes de outro ou outros objetos “preciosos” era símbolo de condenação, só os condenados usavam joias. Isso me fez lembrar de joias, muitas joias, as que foram e as que seriam desviadas do governo. Umas valiam mais de 14 milhões de reais, certamente para condenação. Hum! More estava certo!

Existem muitos loucos por aí, uns são chamados de Poetas, outros de Filósofos, alguns espiritualistas. Até os matemáticos! eu sou matemático! Já escrevi umas poesias e até dei uns pitacos filosóficos e sou religioso, louco para viver a eternidade num lugar onde não haja razão!

Gosto mesmo dos renascentistas, eles eram loucos por escrever livremente durante a idade das trevas. Hoje vivemos em outra idade das trevas, e precisamos de muitos loucos para escrever livremente.

3 comentários:

  1. Cristel Fernandes souza23 de outubro de 2025 às 17:13

    Como diria Nietzsche, “é preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela dançante”.
    E o teu texto mostra exatamente isso — o caos criativo de quem pensa, sente e escreve com verdade. escreva +.

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  2. Feliz Aniversário.

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VIDA LOUCA

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