Erasmo de Rotterdam, em seu Elogio da Loucura, fez muito bem em
defender esse estado mental mais livre e descompromissado com as regras de
comportamento social. Na verdade a vida é muito louca mesmo! E eu me conforto
com a defesa que Rotterdam faz de grande parte dos meus comportamentos e até me
sinto de certa forma lisonjeado; eu decididamente não concordo com a maioria
das regras de sociedade.
Nem mesmo com as democráticas, ou
pelo menos essas que se dizem tal. Desde Jean-Jaques Russeou, mais
precisamente, desde 1.762 quando foi publiccado seu O Contrato Social, que a
democracia vem se debatendo entre ditadores disfarçados e elitistas enrustidos.
E, quando alguém tenta defender de fato a democracia, necessariamente num viés
social, logo é taxado de comunista por quem não tem a menor ideia do que seja o
comunismo. Mas, também por quem sabe muito bem o que é e odeia a possibilidade
de isso ser compreendido pelo povo.
Erasmo de Rotterdam viveu entre 1.466
e 1.536 e o discurso da loucura teria
sido escrito em 1.509 na casa do escritor e filósofo Thomas More, autor de Utopia, belíssima obra que pode ter tido
como referência geográfica a Ilha de Fernando de Noronha. Na obra de More, os
valores sociais são completamente invertidos e, o que parece normal para o
mundo “exterior” é absolutamente normal na Ilha. Isso é uma loucura! Diriam os
ricos ao ver que exibir correntes de outro ou outros objetos “preciosos” era
símbolo de condenação, só os condenados usavam joias. Isso me fez lembrar de
joias, muitas joias, as que foram e as que seriam desviadas do governo. Umas
valiam mais de 14 milhões de reais, certamente para condenação. Hum! More
estava certo!
Existem muitos loucos por aí, uns são
chamados de Poetas, outros de Filósofos, alguns espiritualistas. Até os
matemáticos! eu sou matemático! Já escrevi umas poesias e até dei uns pitacos
filosóficos e sou religioso, louco para viver a eternidade num lugar onde não
haja razão!
Gosto mesmo dos renascentistas, eles
eram loucos por escrever livremente durante a idade das trevas. Hoje vivemos em
outra idade das trevas, e precisamos
de muitos loucos para escrever livremente.
Como diria Nietzsche, “é preciso ter um caos dentro de si para dar à luz uma estrela dançante”.
ResponderExcluirE o teu texto mostra exatamente isso — o caos criativo de quem pensa, sente e escreve com verdade. escreva +.
Feliz Aniversário.
ResponderExcluirObrigado Cristel
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