Há muito que não escrevo, mas hoje
deu vontade, talvez porque nesta semana foi o dia do escritor e teve comemoração
na Academia de Letras e isso é bem inspirador, se eu não fosse mal entendido,
teria dito que é excitante, mas essa palavra pode deixar dupla interpretação,
então fiquemos com a inspiração, que é disso que um escritor precisa,
inspiração, muita inspiração.
A Academia reuniu os escritores e
mais alguns convidados para um jantar no restaurante ‘O Casarão’. E lá
estávamos todos, excitadíssimos, afinal era o ‘nosso dia’. Inspirado mesmo só o
Marcos Coelho, que é o presidente da Academia. Como sempre, fez seu discurso
falando de literatura, da importância da escrita, e nominou cada ser vivente
daquele lugar, exaltando a produção literária de cada um. Até de mim ele falou,
fiquei muito orgulhoso, especialmente porque ali estavam meu filho Pedro e a
Feltrin, minha futura nora. Qualquer um quer ser elogiado junto de pessoas
assim, próximas, e eu fui, obrigado presidente!
A Inteligência Artificial não foi
convidada, mas, intrusa como é, não se fez de rogada e ocupou cada lugar
ocupado por um ser humano qualquer que fosse. Escritores, no sentido literal da
palavra, não gostam da Inteligência Artificial para produzirem textos, por dois
motivos: 1) Ela, a IA não é capaz de produzir conhecimento novo, criativo; e 2)
Não dá para concorrer, comercialmente, com ela. Mesmo a detestando, não tinha
um ser vivente naquele lugar que não se ocupasse com o celular, repleto de IA.
Bem, era só uma festa, não estávamos escrevendo textos e, para isso a IA até
que pode ser aceita amigavelmente.
Inspiração é o que não me falta hoje.
Além do dia do escritor, que foi anteontem, ontem foi dia dos avós. Eu sou avô,
cinco netos, para os quais dediquei meu segundo livro: ‘História de Ana Maria e
seu Avô’. Há poucos dias viajei para o Sul, onde residem três deles, incluindo
aí nesse rol a Luiza, estrela de dança no Festival de Dança de Joinville. É
muito orgulho para um avô que mal sabe escrevinhar umas mal traçadas linhas. O
Luis é apaixonado por futebol e o Vinicius, com esse nome de poeta, é quase um
escritor de personagem de videogame. Em Dourados estão o Miguel, que vai ser
bombeiro como o pai e a Heloisa que certamente vai ser ilustradora de livros,
já tenho na estante vários ‘livrinhos’ dela. Eu sou mesmo um avô muito
orgulhoso!
Agora só me resta esperar pelo dia 30
deste mês, que será o dia internacional da amizade. Quem sabe numa boa conversa
numa roda de chimarrão ou de cerveja não encontremos motivos para mais algumas
crônicas!
E que estejam todos vivos, porque do
jeito que a coisa anda....
Sei não, hem!