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sábado, 3 de fevereiro de 2024

EU QUERIA FOTOGRAFAR O IMAGINÁRIO

 



Um escrevinhador vive da imaginação. Não basta ver para escrever, é preciso imaginar, e imaginar fortemente senão a escrita fica devendo para o leitor mais exigente. Mas tem coisas que não dá para escrever, senão a história fica real demais e pode ofender algum personagem mais discreto, conservador ou tímido, talvez alguém que não queira ser revelado num determinado lugar ou situação. Daí entra em cena a imaginação de quem escreve. Ver coisas que deveriam existir ou apagar coisas que existem faz parte da produção de textos. Eu escrevo crônicas, e estas são textos literários com base em algum fato.

Em janeiro tirei um mês de férias, fui passear pelo Sul do Brasil, conhecer a maior praia do mundo, Praia do Cassino, no Rio Grande do Sul, duzentos quilômetros de praia! Conheci, também, a Ilha do Mel, em Paranaguá, depois passei uns dias em Canasvieiras, em Floripa, daí São Bento do Sul, Curitiba e finalmente a volta para casa em Dourados. Em cada lugar desses deu vontade de pegar o computador e escrever um texto. Fiz isso saindo da Ilha do Mel. Em Floripa o texto teria que ser traduzido para o espanhol, tamanha a quantidade de gringos naquele lugar. É quase uma invasão argentina e olha lá que os Hermanos estão vivendo uma terrível crise econômica! Claro, nem todos, boa parte está ganhando muito dinheiro com a crise e passeando em Florianópolis.

As praias têm de tudo. Quase! Tem futebol, peteca, Voleibol, Tênis de praia, baralho, música, dança e até gente que toma banho de mar! Muita gente curte as férias se divertindo livremente e comendo frituras, cozidos e doces que se vendem pelas areias. Umas quatro e meia da tarde de um belo dia de sol passou um vendedor de milho apressado e eu o chamei para comprar uma espiga, ele parou para me atender dizendo que já ia para casa pois seu filho estava de aniversário e ele queria voltar mais cedo. Conversamos um pouco e ele se foi para a festa do filho.

É quase estranho constatar que um vendedor de milho verde nas areias da praia tenha uma família! Parece que as famílias estão todas embaixo dos guarda-sol sorrindo uns para os outros. Vendedores ambulantes são só vendedores ambulantes. Nos quiosques tem vendedores também. Eles têm mesmo família?

- Milho verde, milho verde!

- Picolé, olha o picolé!

- Queijo coalho, quem quer?

- Água mineral, refrigerante. Vai uma cervejinha?

- Saída de praia, uma blusinha...

- Batidinha de coco com amarula...

O pôr do sol na praia é maravilhoso!!!

CHIFRE EM CABEÇA DE CAVALO. EXISTE? EXISTE!

  Já botei no título o que poderia ser uma mentira, a ciência diz que cavalos não tem chifre, nem as éguas, mas na fazenda do Romero, que ...